29 de maio de 2013

O mau da Mirage é a parte elétrica?

Miragentas e Miragentos! 

Quantos de vocês já não ouviram de alguém fazendo careta que o mau da Mirage é a parte elétrica? 

Pois é, eu sempre ouvi isso, da mesma forma que ouvi muito que o mau da Kansas era fundir o motor. Antes de comprar a Mirage eu fiquei até com o pé atrás, mas logo eu ter medo de elétrica? 

Pois bem, neste último fim de semana tive um problema que me deixou sem farol e lanterna, funcionava apenas luz de freio e farol alto pelo lampejador. Chegando em casa, descobri um fusível queimado e ao substituí-lo vi que o pisca esquerdo permanecia sempre ligado. 

E agora? 

Onde está a causa disso? 

Será que eu também sofri a maldição da pane elétrica?

Desconectei o pisca dianteiro, painel, testei outro relê, cacei fio a fio o que poderia estar em curto, então, lembrei que pela manhã, quando estávamos indo para o Tucuruvi, minha namorada comentou de um barulho de algo raspando, desconectei a parte traseira da moto e o pisca dianteiro esquerdo apagou, o problema estava localizado na traseira. 

A parte triste disso, é que eu já tinha até aberto a fiação principal buscando por algo bizarro, já que a elétrica dessa moto é tão mal falada. 

Pelo menos serviu para eu descobrir que havia uma fio com o isolamento gasto pelo atrito, isolei novamente e montei a fiação. 



Para proteger do atrito com a caixa, usei um “espiral organizador de fios” (aqueles usados para juntar aquele monte de fios do PC). Ficou um tanto justo ao montar de volta, mas acredito que não tenha mais problemas. 

Voltando ao problema em si, eu retirei o para lamas e aproveitei para apertar o suporte do sissi bar, algo que precisava fazer há meses. 

Aqui está a causa do problema, o pneu gastou o isolamento dos fios e como devem saber, fios desencapados tendem a se socializar muito facilmente. 

Os fios ficam ao lado do tubo, local que o pneu original não atingia, mas o novo atingiu. O pior é que eu fiz questão de comprar da mesma medida para não ter problemas, mas não adiantou. 

O fato é que existe a possibilidade de colocar o fio para cima e até passar por trás dos ferros, mas foi colocado no local onde fica mais exposto possível. 
Me lembrei de um professor de física do colegial (no meu tempo, colegial era um estágio da escola, não uma fantasia), ele sempre contava sobre erros de projetos e soltava a frase: 

“É por isso que eu vejo tanto engenheiro vendendo cachorro quente”. 

Pois é Teb, vai faltar pão pra tanto cachorro quente.


Foto de: tamirysrod.blogspot.com

Desmontei, isolei tudo de novo e montei de volta, mas dessa vez coloquei os fios para cima, para atingí-los agora será preciso gastar a armação do para-lamas. 



 Antes que venha um "ronbeiro" falar merda por aqui ("moto chinesa bibibi", "pago caro numa honba com orgulho bibibi"), ou que um defensor da Mirage ache que este post tem como propósito detonar a moto, quero deixar bem claro que apesar de a montagem do chicote na traseira dê corda para o azar, eu gostei da parte elétrica dela. 

Ela tem duas caixas de fusíveis (sim fusíveis, no plural), um principal e outro somente para as luzes, algo que nem sempre encontramos nas pequenas (inclusive uma certa 250cc famosa). E com um fusível reserva cada. 

Se isso tivesse acontecido em outra moto, possivelmente eu ficaria na rua, ou teria que fazer ela funcionar no tranco, sem contar que em alguns esquemas que vi por aí, notei que o fusível só protege a bateria e eu poderia agravar o problema por ligá-la, mandando para o Hades o retificador ou a fiação principal, e uma fiação principal, para essa moto, é mais de 300 Reais :P 

E eu nem "tem mais de oito ano que eu recebo Bolsa Família" ¬¬

Agora ela está pronta para rodar, com toda sua sujeira e mais um monte que deverá grudar nela até a próxima lavagem.

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